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terça-feira, 22 de junho de 2010

A vez dos estatísticos

As empresas descobriram que o estatístico aponta caminhos para aumentar o lucro, mas faltam profissionais no mercado

Por Renata Avediani

Você já imaginou quantas análises estatísticas são feitas antes do lançamento de um novo medicamento? É preciso testar exaustivamente a ação do remédio, reunir os resultados dos testes, organizar as informações e só depois concluir se a droga pode ser comercializada. A análise de dados está presente até em uma simples ligação telefônica que a administradora de cartão de crédito faz para você. A companhia cruza informações como sexo, renda mensal e hábitos de consumo para oferecer um produto na medida certa. E quem faz todo esse trabalho? O estatístico. Um profissional que as empresas vêm descobrindo que pode transformar pilhas de números e gráficos em informações que servirão para reduzir custos e aumentar os lucros. O problema é que falta gente qualificada no mercado.
Uma explicação para isso é o reduzido número de alunos nos cursos de estatística e a falta de informações sobre o campo de atuação desse profissional. Para cada estatístico que se registra no Conselho Federal de Estatística, há pelo menos mil engenheiros pedindo registro no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Aliás, até aqui engenheiros vinham cumprindo as funções que agora algumas organizações entregam na mão do pessoal de estatística.
É assim na Vivo, operadora de telefonia celular. Ali, a divisão de garantia de receita é gerenciada pela estatística Marcella Macedo, de 29 anos, de São Paulo. "Escolhi estatística porque gostava de contas e acabei conhecendo o curso por acaso", diz. "O bom da profissão é que dá para trabalhar em qualquer setor, basta ter raciocínio lógico, saber lidar com informações e ter curiosidade de entender como e por que as coisas acontecem." Marcella é responsável por analisar dados que possam ajudar a reverter as perdas financeiras da Vivo. Ela tem conseguido bater suas metas e manter-se em ascensão profissional, tanto que convenceu a irmã e o primo a seguirem a mesma carreira.
Os ventos sopram a favor também para quem quer trocar de carreira para se especializar na área. A procura por esses profissionais tem crescido junto com o avanço tecnológico, que permite que mais dados sejam armazenados e avaliados rapidamente, agilizando as decisões da empresa. "Nenhuma companhia decide nada de importante sem avaliar bastante os riscos e as oportunidades. Quem faz isso com muita precisão são os estatísticos", diz José Ferreira de Carvalho, consultor e professor da Unicamp. Os empregos estão em todos os setores, principalmente nas instituições financeiras, e os salários médios são de 4 000 reais. "Tivemos de esperar 12 meses para conseguir preencher uma posição", diz a estatística Érika Rollim, de 31 anos, diretora de marketing e serviços ao cliente do SAS Brasil, empresa de software e consultoria estatística, de São Paulo.
Para suprir a ausência desses profissionais, Carlos Rodrigo Formigare, de 34 anos, estatístico do Unibanco, que dirige a área de cartão de créditos da empresa, o Unicard, ajudou a montar um curso de modelagem estatística — técnica usada pelo departamento para traçar o perfil dos clientes e customizar serviços. O curso tem seis módulos, que duram nove meses, e já especializou mais de 300 profissionais, entre engenheiros, administradores e economistas, nos últimos oito anos. "O estatístico sai da faculdade sem visão básica de gestão e outros conhecimentos para assumir cargos de liderança. Nesse ponto, os outros profissionais saem na frente", diz Carlos. Ele aposta que, se essa lacuna for diminuída, haverá estatísticos em cargos de gerência nos próximos cinco anos. Palavra de quem entende de probabilidade.
Fonte: Revista Você S/A. edição 108, mercado - notícias e tendências do mundo do trabalho

sábado, 19 de junho de 2010

Curso de Informática nas Férias

A empresa Junior de Informática pode disponibilizar uma vaga para um
estudante de Estatística interessado em um dos cursos ofertados nas
férias.
CEN - Empresa Júnior de Informática abre inscrições para cursos de
férias
Treinamentos: Web Designer + Flash, Linguagem Java (Desenvolvimento de
Aplicações Multi-Plataformas, Linux Básico e Redes Linux, entre outros.
Realização: início das aulas: 5/7/10. Horário dos cursos: 8 às 12h
(turma da manhã) e 14 às 18h (turma da tarde).

Inscrição: na Empresa Júnior de Informática (ICEN), das 8h às 18h.

Informações:
fone » 3201.8081

EMR 2011(Escola de Modelos de Regressão)

A XII Escola de Modelos de Regressão será realizada em Fortaleza no período de 13 a 16 de março de 2011. A organização do evento está a cargo do Departamento de Estatística e Matemática Aplicada, da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Informações: http://www.emr12.ufc.br/apresentacao.php

De olho nos números

Não é só o IBGE e os institutos de pesquisa que empregam estatísticos. Esses profissionais têm sido contratados por empresas para trabalhar em diferentes departamentos como:

Recursos humanos - A responsabilidade do estatístico é calcular e projetar, por exemplo, os gastos futuros com planos de saúde e previdência privada.


Departamento financeiro - Sua expertise ajuda a analisar os números da companhia e os processos de produção para tentar reverter prejuízos ou melhorar os resultados.

Departamentos de produção - O desafio é aperfeiçoar os processos produtivos, medindo, entre outras variáveis, a produtividade de uma máquina por hora, além de avaliar a qualidade dos produtos, checando informações sobre itens fabricados com defeitos.

Estatística: A profissão do futuro

Estatística é a profissão do futuro:
1. DÁ PARA TRABALHAR ONDE VOCÊ QUISER
O Estatístico pode trabalhar desde área de esportes, política, combate a pobreza, análises arqueológicas, movimentações financeiras, qualidade, comparações de preços, diagnóstico de doenças, rendimento de produtos e/ou pessoas; enfim, onde há números para serem analisados, há necessidade de um estatístico.
O novo Estatístico é alguém que sabe conjugar, projetar e interpretar todos os dados já disponíveis para tirar conclusões reveladoras.

2. O PRÓXIMO EINSTEIN SERÁ UM ESTATÍSTICO

Em vez de imaginar hipóteses para serem provadas, será mais fácil coletar dados e mais dados, jogá-los em um megaprocessador e deixar que os números revelem explicações, teorias e relações que, talvez, nunca houvessem sido cogitadas. Na nova ciência, onde os números são abundantes, os dados não precisam de contexto: eles falam por si. E os grandes cientistas serão os que conseguirem enxergar a partir deles.

3. SOBRA INFORMAÇÃO

Estamos na era mais medível da história.
Uma gigantesca quantidade de dados disponíveis, unidas a ferramentas estatísticas capazes de triturar tantos números, oferece uma nova maneira de compreender o mundo. E ganhar dinheiro.
Empresas que conseguem interpretar e comercializar dados estão crescendo a uma velocidade estrondosa. Dados que podem ser preciosos para bancos, fábricas de iogurte, produtoras de filmes ou qualquer empresa que queira decifrar a cabeça dos consumidores para lucrar o máximo possível com eles.
Na era do petabyte o desafio não é mais armazenar dados, é dar sentido a eles.

4. FALTA GENTE

Gente que saiba transformar um amontoado de dados em informações relevantes passou a valer ouro.
Faltam profissionais no mercado. "As empresas procuram especialistas, mas não temos quem indicar", diz Dóris Fontes, coordenadora geral do Conselho Regional de Estatística do Sudeste. Ela participa de feiras de vestibular, instrui professores e distribui material informativo para mostrar que, numa era em que tudo vira dado numérico, o futuro de um estatístico é promissor.
No Brasil, há 1806 vagas em cursos de graduação em estatística. Mas isso não significa que 1806 entrem no mercado todo ano. Na UFPE, por exemplo, 30 pessoas que ingressam no curso, apenas 3 se formam. Segundo Dóris, o índice de evasão é alto porque muitos alunos chegam sem a base necessária para o aprofundamento em cálculo. Quem supera essa barreira costuma se dar bem.
Para concluir: um recém-formado ganha de R$ 2 000 a R$ 3500. Se além de números o profissional for comunicativo e tiver conhecimentos em gestão, esses valores dobram em 3 anos.

5. SOBREVIVE A CRISES

Quando o cenário econômico vai mal, contratam-se ainda mais estatísticos. Em 2008, a procura por estatística subiu 8 vezes em relação a 2007. "Eles entram com a missão de remapear o cenário das empresas, ajudar a planejar os remanejamentos, detectar onde se pode cortar custos, etc.", diz Danilo Castro, da PagePersonnel.
Muitos estatísticos cobram suas consultorias por hora (varia de R$ 50 a R$ 400).

6. TODO MUNDO ENTENDE

O avanço técnico permitiu a popularização da ESTATÍSTICA. "As decisões serão cada vez mais baseadas em dados, em qualquer que seja a área", diz Ana Carolina, da ACNielsen.
Os números provam, demonstram, argumentam. Diante deles, empresas descobrem como e pra quem vender. E consumidores, sem tempo e saturados de informação, assimilam melhor o que é transmitido com gráficos e números. Além disso, a maneira de apresentar essa informações está cada vez mais aperfeiçoada.
É impressionate; quanto mais se compreendem os dados, mais se quer saber.


"A ESTATÍSTICA É A ARTE DE TORTURAR OS NÚMEROS ATÉ QUE ELES CONFESSEM. E ELES SEMPRE CONFESSAM", DIZ ABRAHAM LAREDO SICSÚ - FGV

sábado, 29 de maio de 2010

DIA 29 DE MAIO: DIA DO ESTATÍSTICO. PARABÉNS A TODOS!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

SEMEST 2010

A XVI Semana de Estatística é um evento científico que visa reunir pesquisadores, docentes, alunos e profissionais da Estatística e de outras áreas, para divulgação da Ciência Estatística e de sua importância no planejamento estratégico e tomada de decisão nas diversas áreas do conhecimento. Comemorando os 25 anos de criação do Curso de Estatística da Universidade Federal do Pará, a Faculdade de Estatística aproveita o evento para realizar um balanço do caminho percorrido, aprofundar a discussão sobre os projetos futuros além de uma oportunidade para a comunidade acadêmica da UFPA de conhecer novas técnicas e trocar conhecimentos com profissionais das diversas áreas que utilizam a ciência estatística.